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quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Limites

Somos as primeiras gerações de pais decididos a não repetir com os filhos, os erros de nossos progenitores...
...e com o esforço de abolirmos os abusos do passado...
...somos os pais mais dedicados e compreensivos
mas, por outro lado...
...os mais bobos e inseguros que já houve na história.
O grave é que estamos lidando com crianças mais "espertas" do que nós, ousadas, e mais "poderosas" que nunca!
Parece que, em nossa tentativa de sermos os pais que queríamos ser, passamos de um extremo ao outro.
Assim, somos a última geração de filhos que obedeceram a seus pais...
... e a primeira geração de pais que obedecem a seus filhos.
Os últimos que tivemos medo dos pais....
...e os primeiros que tememos os filhos.
Os últimos que cresceram sob o mando dos pais...
E os primeiros que vivem sob o jugo dos filhos.
E, o que é pior...
...os últimos que respeitamos nossos pais...
(ÀS vezes sem escolhas...)
...e os primeiros que aceitamos que nossos filhos nos faltem com o respeito.
À medida que o permissível substituiu o autoritarismo, os termos das relações familiares mudou de forma radical...
...para o bem e para o mal.
Com efeito, antes se considerava um bom pai, aquele cujos filhos se comportavam bem, obedeciam suas ordens, e os tratavam com o devido respeito.
E bons filhos, as crianças que eram formais, e veneravam seus pais, mas à medida em que as fronteiras hierárquicas entre nós e nossos filhos foram se desvanecendo...
...hoje, os bons pais são aqueles que conseguem que seus filhos os amem, ainda que pouco o respeitem.
E são os filhos, quem agora, esperam respeito de seus pais, pretendendo de tal maneira que respeitem suas idéias, seus gostos, suas preferências e sua forma de agir e viver.
E que além disso, que patrocinem no que necessitarem para tal fim.
Quer dizer ; os papéis se inverteram.
Agora são os pais que têm que agradar a seus filhos para "ganhá-los" e não o inverso como no passado.
Isto explica o esforço que fazem tantos pais e mães para serem os melhores amigos e "darem tudo"
a seus filhos.
Dizem que os extremos se atraem.
Se o autoritarismo do passado encheu os filhos de medo de seus pais...
...a debilidade do presente os preenche de medo e menosprezo...
aos nos verem tão débeis e perdidos como eles.
Os filhos precisam perceber que durante a infância, estamos à frente de suas vidas, como líderes
capazes de sujeitá-los quando não os podemos conter...
... e de guiá-los, enquanto não sabem para onde vão...
É assim que evitaremos que as novas gerações se afoguem no descontrole e tédio no qual está afundando uma sociedade que parece ir à deriva, sem parâmetros nem destino.
Se o autoritarismo suplanta, o permissível sufoca.
Apenas uma atitude firme, respeitosa, lhes permitirá confiar em nossa idoneidade para governar suas vidas enquanto forem menores, porque vamos à frente liderando - os...
...e não atrás, carregando - os e rendidos às suas vontades.
Os limites abrigam o indivíduo.
Com amor ilimitado e profundo respeito.
Texto
Mônica Monastério
( Madrid-Espanha ).

Comentário meu:

O que estamos fazendo para mudar isso?
Será que não é comodismo de muitos pais concordar com certas mazelas de seus filhos?.. Apenas por medo de serem vistos como pais malvados..e ai, não tomam as medidas que deveriam tomar?
Será, que como num passe de mágica ficamos menos inteligentes ?
Ou na verdade existe um exercito de pais transferindo ao modismo a culpa, para o que na verdade, é a sua falta de coragem de estabelecer regras e normas ao jovem ?
Será, que não é mais fácil entupi-los de coisas satisfazendo seus desejos, que lutar para que eles consigam elas trabalhando?
Será, que não é mais fácil apoiar uma jovem no seu direito de ter relação sexual fora do casamento, do que lutar para que ela, constitua um casamento sadio e forme uma família normal. Deixando assim, as relações sexuais para o momento certo ... quando ela estiver amadurecida e não transformar libido em libertinagem sexual precoce?
Será, que continuaremos a ver mães irem negociar a liberdade de reféns; onde seus filhos são os sequestradores..
Essas mesmas mães ao verem uma câmera ou microfone alegam que seu filho e um moço bom..ele esta com medo...Ora!! eu já tive muito medo quando era jovem e nunca meti um cano na cabeça de ninguém.
É, sem dúvida, estão faltando pais responsáveis.
Pelo jeito, a solução se daria responsabilizando quem se meteu a fazer filho e não quer cuidar, nem punir, apenas paparicar e largar no seio da sociedade.
Assim se forma esse mar de jovens sem responsabilidade, sem limites, sem objetivos. Vagam como zumbis intelectuais na noite da ignorância.
São apenas jovens vazios e sem conteúdo onde uma lata de cerveja é a única meta para o fim de semana...ou no fim do dia e o sexo? Ora!! é apenas um prazer onde tentam buscar uma virilidade que as drogas estão retirando deles todos os dias.
Triste...sim muito triste...é isso que estamos vendo no dia a dia.. eu apenas descrevi o que estamos assistindo todos os dias em nossa sociedade moderna.
Não culpem a geração... culpem sim... os pais que não tem responsabilidade para se dar o respeito. E nunca serão respeitados. Apenas procriaram não são pais.

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