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terça-feira, 29 de junho de 2010





Tuma do Senac Guaratinguetá...Profissionais agora com Curso de Gestão Empreendedora...meninas nota 10





Turma Senac Maravilhosa - Profissionais Esteticistas de Alto Nivel
Infelizmente O Curso encerrou..mas a meninas ficaram nas lembranças...Alunas maravilhosas do Senac...com certeza serão ótimas esteticistas.

domingo, 27 de junho de 2010


A Pré-história

UM POUCO DE CIÊNCIA SOCIAIS E O ENTENDIMENTO SOBRE A SOCIEDADE HUMANA

Na Pré-história, nossa subsistência (subsistema econômico) estava baseada na caça, na pesca, na coleta de frutos da natureza e no saque de outros grupos humanos. Nossos ancestrais viviam em bandos nômades (subsistema social). Dentro desses bandos, as relações de poder (subsistema político) eram simples e pouco hierarquizadas. Vigorava o poder da força do líder, que se impunha sobre os de-mais pelo uso da violência. O sistema social apresentava baixo grau de complexidade. A natureza domi-nava o homem, impunha suas regras e provocava medo.

A vida em grupos nômades era conseqüência direta da forma de subsistência. O grupo facilitava a defesa contra animais, contra as adversidades impostas pela natureza e contra outros grupos huma-nos. A condição de nômades, isto é, de indivíduos obrigados a se deslocar pelo território de tempos em tempos, era imposta pela escassez de alimentos, pelas mudanças do clima, ou pela ameaça de animais e outros bandos. A agricultura surgiu para modiicar a maneira de viver existente nesse período, dando ao homem a capacidade de coletar grande quantidade de sementes, preparando a terra, plantando, co-lhendo e armazenando alimentos para consumir no inverno e tornando a vida melhor. Essa prática le-vou muito tempo para acontecer e se generalizar, criando uma nova forma de produção de riqueza, cuja base passou a ser a agricultura tradicional.

A sociedade agrícola

Durante os 10 mil anos subseqüentes, a agricultura tradicional e o artesanato foram as principais formas de produção de riqueza. A sociedade, durante esse longo período, assumiu forma de organiza-ção (subsistema social), de crenças e valores (subsistema cultural), e de algumas relações de poder (sub-sistema político), que tinham ligação direta com o fato de a agricultura e o artesanato serem a base do subsistema econômico.

Para viver da agricultura foi preciso se ixar no território e criar outro tipo de organização social, baseada em aldeias e grandes famílias, dando im aos bandos nômades. A sociedade ensaiava os pri-meiros passos na longa jornada para domar a natureza e pô-la ao seu serviço. Os deuses e demônios da época eram as forças da natureza que o homem temia ou admirava: a tempestade, o raio e o trovão, os vulcões, os terremotos, enchentes e secas, o sol e a lua, as estações do ano. Os sacerdotes, que se ”co-municavam” com os deuses (conheciam as forças da natureza) detinham poder e exerciam inluência sobre comunidades ignorantes. Os templos religiosos eram ediicações robustas, melhor localizadas e que, por isso, serviam para armazenar alimentos, protegidos pelos poderes mágicos dos feiticeiros que pediam aos deuses proteção e boas safras. O exercício do poder na civilização agrícola nascia ligado umbilicalmente à religião. O conhecimento religioso explicava e justiicava a ordem social e política e fornecia as regras morais necessárias à preservação da unidade e harmonia do sistema. A organização da sociedade agrícola era mais hierarquizada e complexa do que na fase anterior. Na aldeia, existiam in-divíduos que iam à roça todo dia, outros que permaneciam no local de moradia preparando alimentos para os que foram trabalhar e, ainda, um destacamento armado para proteger a aldeia e o lugar onde eram guardados os alimentos que garantiam a sobrevivência nas adversidades.

Dessa forma, a mudança no subsistema econômico, impulsionada pela descoberta e difusão da tec-nologia agrícola gerou mudanças no subsistema social e cultural e, também, no subsistema político.

A sociedade industrial

Um longo período passou antes de novas descobertas serem realizadas. A invenção das máqui-nas combinada com o trabalho especializado em linha de produção gerou um novo ciclo de grandes transformações, que os historiadores e cientistas sociais chamam de Revolução Industrial. A mecaniza-ção da produção agrícola combinada com o surgimento das fábricas produziu o fenômeno da industria-lização (subsistema econômico). A partir de então, massas humanas abandonaram o campo e passaram a se concentrar no entorno das fábricas, dando origem às cidades. A industrialização impulsionou a ur-banização. A família encolheu, pois os operários deslocavam-se de uma cidade para outra em busca de emprego, carregando esposa e ilhos. Sob essas circunstâncias, as grandes famílias necessárias à agricul-tura tradicional devido à importância do trabalho braçal para a produtividade do trabalho na terra não tinham como sobreviver e começaram a desaparecer (subsistema social). Com o povo concentrado nas cidades, em torno das catedrais e das sedes do poder, não tardou para que a política sofresse o impacto das transformações provocadas pela emergência da sociedade industrial e seu sistema de poder.

Aos poucos, todos os povos europeus que possuíam algum tipo de identidade cultural, proximi-dade territorial ou interesses econômicos comuns foram se agrupando. A era feudal, caracterizada por seus feudos (formações políticas, sociais e as unidades de produção do último estágio da sociedade agrícola), deu lugar aos Estados nacionais. Em seguida, as nações-Estado foram experimentando revo-luções políticas que deram origem às democracias modernas, baseadas na separação entre o Estado e a Igreja, na Ordem Constitucional, na separação dos poderes e nos regimes de governo parlamentarista ou presidencialista (subsistema político) que vigoram até hoje, em substituição à ordem política vigen-te na Idade Média, na qual a aristocracia e o clero controlavam o poder e na qual o povo não participa-va da política. O industrialismo organizou a sociedade à sua imagem e semelhança, pelo menos até o im da Segunda Guerra Mundial.

A sociedade pós-industrial

As pesquisas cientíicas que se desenvolveram para atender às necessidades da guerra, em tem-pos de paz deram origem a três novas descobertas revolucionárias: o avião a jato, a televisão e o com-putador. Da década de 1950 até a década de 1970 do século XX, essas invenções se desenvolveram, ganharam escala, sendo, desde então, usadas de forma generalizada como verdadeiros motores do novo subsistema econômico da sociedade pós-industrial.

O impacto de seu uso em escala na economia deu origem a um novo ciclo de transformações estru-turais no sistema de produção de riqueza da sociedade. Surgiram as telecomunicações e as redes, interli-gando sistemas de troca de imagens, sons, dados e texto em tempo real, por toda superfície do planeta. O avião a jato, antes usado para ins militares, transformou-se num meio de transporte usado em larga esca-la para ins comerciais. Contingentes enormes de pessoas e riquezas tangíveis e intangíveis passaram a se deslocar de um lado para outro em alta velocidade e num volume jamais antes experimentado.

Nasceu a sociedade pós-industrial, baseada nas altas tecnologias e no paradigma das redes. A economia de serviços passou a predominar sobre a produção fabril. A informação e o conhecimento passaram a ser os fatores-chave para a aquisição de poder político e econômico na sociedade das redes. As redes de comunicação revolucionaram a produção. A sincronização e a padronização, típicas da pro-dução na linha de montagem do chão da fábrica, foram substituídas pela assincronia e pela segmenta-ção da produção e do consumo (subsistema econômico). O trabalho deixou de ser prisioneiro da fábrica e do escritório. Podemos trabalhar em casa conectados em rede com a empresa. Podemos trabalhar na hora que quisermos. Podemos morar fora da cidade que a tecnologia nos permite a proximidade virtual, a conexão em tempo real, mesmo com a distância física. As fábricas saíram das cidades. As cidades vira-ram centros de serviços. A família se libertou do padrão papai-mamãe e novos tipos de família estão sur-gindo (subsistema social). As velhas estruturas de poder da sociedade industrial estão ruindo. Líderes políticos, ideologias e partidos não funcionam mais. Burocracia, ineiciência, corrupção e falência inan-ceira e administrativa contaminam o aparato do Estado em todos os países do mundo. Governos nacio-nais vêem seus poderes serem deslocados para novas instituições globais. Comunidades regionais se insurgem contra governos nacionais exigindo autonomia para o poder local. Agir localmente e pensar localmente é o lema da nova era.

Apesar de os tentáculos do novo sistema estarem se expandindo e revolucionando a vida na Europa, nos Estados Unidos, no Japão e em algumas outras partes do planeta, em pouco tempo se com-pararmos com a velocidade de expansão das revoluções agrícola e industrial, a reverberação das rela-ções sociais e de poder da velha ordem industrial ainda continua a se espalhar em certas regiões do mundo. Os vestígios da sociedade agrícola já se estabilizaram. No entanto, muitos países, de acordo com Toler (2001, p. 26), ainda ”se apressam a construir siderúrgicas, fábricas de automóveis, fábricas de têxteis, estradas de ferro e fábricas de processamento de comidas, revelando que a Segunda Onda ain-da não esgotou sua força”, mesmo que os ventos da Terceira Onda já impulsionem mudanças estrutu-rais em todas as regiões do mundo.

Países como o Brasil, por exemplo, experimentam o impacto simultâneo de três ondas civiliza-tórias, ”movendo-se de forma diferente, por razões diferentes, com velocidades diferentes e com di-ferentes graus de força” (TOFFLER, 2001 p. 28). Em um escritório na Avenida Paulista, um televisor LCD transmite notícias com tecnologia digital para executivos de corretoras que operam investimentos nas principais bolsas de valores do planeta, como imagens de uma manifestação de trabalhadores sem ter-ra reivindicando um pedaço de chão para plantar batatas, ao lado de sindicalistas que protestam contra a ameaça de desemprego causada pela transferência da empresa na qual trabalham para a China.

Segundo Toler, a Primeira Onda ocorreu mais ou menos a 8 000 a.C e predominou sobre nossa civi-lização entre 1650 e 1750 d.C., quando a Segunda Onda tomou impulso atingindo seu apogeu entre as dé-cadas de 1955 a 1965. Para ele, o marco central da transição aconteceu nessa década, nos EUA, quando ”os trabalhadores de colarinho branco e os prestadores de serviço excederam em número os trabalhadores de macacão” (TOFFLER, 2001 p. 28), ou seja, quando as estatísticas socioeconômicas oiciais do governo norte-americano revelaram que a economia de serviços começava a predominar sobre a economia indus-trial tradicional, coincidindo com a expansão do uso dos computadores e dos aviões a jato.

A compreensão dos conlitos produzidos pela colisão de interesses entre os defensores da Onda emergente contra os da Onda decadente ilumina a estrada que nos conduz ao futuro, oferecendo-nos a oportunidade valiosa de escolher caminhos, deinir nossas opções de inserção social, identiicar as for-ças e interesses que se movem na sociedade querendo levar-nos para um lado ou para outro.

Uma vez que compreendamos que atualmente está se travando uma luta violenta entre os que procuram preservar o industrialismo e os que procuram suplantá-lo, teremos uma poderosa chave nova para compreender o mundo. Mais importante – quer estejamos estabelecendo normas para uma nação, estratégias para uma empresa, ou objetivos para nossa vida pessoal – teremos um instrumento novo para mudar esse mundo. (TOFFLER, 2001 p. 31).

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Cantinho da Filosofia


O legado de Platão
Se Aristóteles, o mais famoso discípulo de Platão, seria o responsável por
grande parte da construção do arcabouço científico do Ocidente, caberia ao
mestre o estabelecimento de sua estrutura espiritual. Opondo o mundo das
ideias ao mundo da matéria, Platão criaria as condições - que seriam reforçadas
mais tarde pelo cristianismo - para que se produzisse durante muitos séculos
uma repulsa profunda por tudo que estivesse relacionado com a ordem material
e sensível, como o corpo e a sexualidade, em proveito do mundo do espírito, da
mente, das ideias. Essa cisão entre corpo e alma, matéria e espírito, que deixaria
suas marcas na identidade ocidental, nós devemos a Platão. Não poucos pensa-
dores, entre os quais Nietzsche, tentariam mais tarde desconstruir essa herança.
Em todo caso, de certa forma Platão foi a pedra fundamental do edifício filosó-
fico e espiritual do Ocidente. Não é tarefa de pouca monta livrarmo-nos de sua
influência.

domingo, 6 de junho de 2010

O Dialogo entre Socrates e Apolo - A Inteligencia em exposição

Sócrates e Polo

(PLATÃO, 1986, p. 98-102)

SÓCRATES: - [...] Vê, pois, se estás disposto a ceder-me o turno da argumentação, respondendo às perguntas. Eu creio deveras que nós - eu, tu e toda gente - julgamos pior cometer a injustiça do que sofrê-la, e pior do que expiá-la não a expiar.

POLO: - Mas, a meu ver, nem eu, nem ninguém mais, o admitimos. Quem, se não tu, a cometer uma injustiça, preferiria sofrê-la?

SÓCRATES: - Eu? Sim, como tu e toda gente.

POLO: - Ora, ora! Nem eu, nem tu, nem ninguém mais. SÓCRATES: - Então, não vais responder?

POLO: - Mas como não? Estou até ansioso por saber o que, afinal, vais dizer!

SÓCRATES: - Então, para o saberes, faze de conta que estou principiando a inter-
rogar-te e dize-me, Polo, o que achas pior: praticar uma injustiça, ou sofrê-la?

POLO: - Sofrê-la, ora!

SÓCRATES: - E o que é mais feio? Ser autor ou ser vítima duma injustiça? Responde.

POLO: - Ser autor.

SÓCRATES: - Sendo mais feio, não é, então, pior? POLO: - Absolutamente não.

SÓCRATES: - Compreendo. Não consideras a mesma coisa, parece, o belo e o bom, o mau e o feio.

POLO: - Não, realmente.

SÓCRATES: - Que dizes a isto? Todas as coisas belas, como objetos, cores, formas, ressonâncias, costumes, é sempre sem relação alguma que lhes atribuis a beleza? Por exemplo, comecemos pelos objetos belos; não os chama belos tendo em vista, em cada caso, os fins a que servem, ou algum prazer, caso se delicie quem os contempla? Fora desses pontos de vista, podes mencionar alguma outra razão da beleza dos objetos?

POLO: - Não posso.

SÓCRATES: - Não se dá o mesmo com tudo mais? Formas, cores, não as declara
belas em razão de certo prazer ou certa utilidade, ou por ambos os motivos?

POLO: - Sim.

SÓCRATES: - Não é assim também quanto às ressonâncias e tudo que concerne à música?

POLO: - Sim.

SÓCRATES: - Outrossim, no tocante às leis e costumes, sem dúvida, os que são
belos não fogem a estas qualificações de úteis, agradáveis, ou ambas as coisas.

POLO: - Acho que não.

SÓCRATES: - À beleza de instrução sucede o mesmo, não é?

POLO: - Por sem dúvida! Agora, Sócrates, estás acertando, quando defines o belo pelo prazer e pelo bem.

SÓCRATES: - Portanto o feio será aferido pelos opostos, pela dor e pelo mal. POLO: - Forçosamente.

SÓCRATES: - Quando, portanto, de duas coisas belas, uma seja mais bela,

assim é por sobrelevar num dos dois predicados referidos, ou em ambos, isto é, ou no prazer, ou na utilidade, ou nesta e naquele.

POLO: - Perfeitamente.

SÓCRATES: - E quando de duas coisas feias uma é mais feia, assim é por sobrelevar ou na dor, ou no dano. Ou não é forçosamente assim?

POLO: - É, sim.

SÓCRATES: - Adiante. Que dizíamos há pouco sobre praticar e sofrer injustiça? Não dizias que sofrê-la é pior, mas praticá-la é mais feio?

POLO: - Dizia.

SÓCRATES: - Então, se praticá-la é mais feio do que sofrê-la, assim é por ser mais doloroso e sobrelevar em dor, ou dano, ou ambas as coisas. Não é isso também forçoso?

POLO: - Como não?

SÓCRATES: - Ora, examinemos em primeiro lugar se praticar uma injustiça sobreleva em dor sofrê-la e se padecem mais os autores do que as vítimas.

POLO: - Isso, Sócrates, absolutamente não.

SÓCRATES: - Então, não é em dor que sobrelevas? POLO: - Não, por certo.

SÓCRATES: - Se na dor, não, não sobrelevaria portanto em ambos os motivos. POLO: - Não, é claro.

SÓCRATES: - Resta, pois, a outra razão? POLO: - Sim.

SÓCRATES: - O dano?
POLO: - Naturalmente.

SÓCRATES: - Ora, se praticar uma injustiça sobreleva em dano, será pior do que sofrê-la.

POLO: - Claro que sim.

SÓCRATES: - É ou não é fato que anteriormente a maioria das pessoas e tu também concordáveis em que é mais feio ser o autor do que a vítima?

POLO: - Sim.

SÓCRATES: - E revelou-se agora pior. POLO: - Aparentemente.

SÓCRATES: - Acaso, entre o mais e o menos danoso e feio, preferirias o pri-
meiro? Não hesites em responder, Polo; não te fará dano algum. Ao contrário,
confia-te bravamente à razão como a um médico e responde sim ou não à
minha pergunta.

POLO: - Bem, Sócrates, eu não preferiria.
SÓCRATES: - Alguém no mundo o faria?
POLO: - Não creio, a pensar assim.

SÓCRATES: - Portanto, eu dizia a verdade: nem eu, nem tu, nem qualquer
outra pessoa preferiríamos cometer injustiça a sofrê-la, por ser mais danoso.