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segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Artigo Publicado Pelo Professor Inio Duarte Melero na REVISTA do SESCON


ÉTICA X LUCRO
GESTÃO
Mais do que um conjunto de leis a serem seguidas, a ética é responsável pela sobrevivência de uma empresa

A ética empresarial pode ser entendida como o valor da companhia que assegura sua sobrevivência, sua reputação e, conseqüentemente, seus bons resultados. O comportamento da organização, leia-se entidade lucrativa, deve ter conformidade com os princípios morais e as regras bem aceitas pela sociedade.

Cada profissão tem o seu código de ética, mas independente do que se aprende nos bancos acadêmicos, a sobrevivência de uma empresa, dentro de vários fatores, depende da maneira como ela lida com seus fornecedores, clientes e funcionários. Por isso não é exagero dizer que o sucesso ou o fracasso de uma companhia está intrinsecamente ligado ao seu comportamento. Sendo assim, agir corretamente não é mais uma opção, e sim uma questão de sobrevivência.

A necessidade da empresa comportar-se com integridade e honestidade, honrando promessas e compromissos, não se envolvendo em fraudes e atos de corrupção, assumindo a responsabilidade pelos seus atos, pode parecer algo distante. Porém, tudo deve começar pelo líder: uma companhia só mantém o respeito e a confiança com todos os profissionais seguindo a cartilha corretamente. E isso não deve ser encarado como lição de casa, ou tarefa a ser cumprida todos os dias, é um “aculturamento” que envolve todos os níveis hierárquicos.

Trabalhar a cultura das organizações é fundamental para que as pessoas possam se converter autenticamente. O treinamento convencional, ministrado nas empresas, sem que a cultura se transforme, significa “rios de dinheiro” jogados fora. Com a agravante de reforçarem o sentimento de frustração e negativismo. Criam a convicção: “é muito bonito, mas não funciona”. Para Inio Duarte Melero, advogado tributarista e comercial, a ética está na raiz, na estrutura de uma sociedade. Ela evolui de acordo com os princípios da humanidade. “Independente da categoria ou segmento que a organização represente, ela deve agir baseada nos princípios morais. Não adianta ter um código de ética de acordo com a década de 70, 80, o empresário deve evoluir”.

O advogado destaca que a falta de ética pode trazer uma vantagem momentânea. “O empresário, ao agir fora das condições legais, naquele momento pode até se beneficiar de sua conduta. Todavia, antes de ser punido pelo código de ética, a própria sociedade o condena”, diz. Melero exemplifica com a própria categoria: “como em qualquer profissão, no Direito temos alguns advogados que atuam de maneira questionável. Isso, em alguns casos, acaba respingando na categoria”.

“O conceito de ética deve ser encarado como uma cadeia produtiva. Se você age corretamente dentro de sua empresa, seus colaboradores assumirão o papel de multiplicadores, com isso, clientes e fornecedores recebem e devolvem em atitudes socialmente responsáveis”, conclui o advogado.

EVOLUÇÃO DO CONCEITO DE ÉTICA

DÉCADA DE 60

Uma das primeiras preocupações éticas no âmbito empresarial de que se tem conhecimento revela-se pelos debates ocorridos especialmente nos países de origem alemã, na década de 60. Pretendeu-se elevar o trabalhador à condição de participante dos conselhos de administração das organizações.

DÉCADA DE 70

O ensino da Ética em faculdades de Administração e Negócios tomou impulso nas décadas de 60 e 70, principalmente nos Estados Unidos, quando alguns filósofos vieram trazer sua contribuição. Ao complementar sua formação com a vivência empresarial, aplicando os conceitos de Ética à realidade dos negócios, surgiu uma nova dimensão: a Ética Empresarial.

DÉCADA DE 80

Durante a década de 80 foram notados, ainda, tanto nos Estados Unidos quanto na Europa, esforços isolados, principalmente de professores universitários, que se dedicaram ao ensino da Ética nos Negócios.

DÉCADA DE 90

Nessa época ampliou-se o escopo da Ética Empresarial, universalizando o conceito. Visando a formação de um fórum adequado para essa discussão foi criada a ISBEE - International Society for Business, Economics, and Ethics.

Por: Juliana de Oliveira

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